quarta-feira, 6 de março de 2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

 Tateando titubeante em torno de si. Tentando se encontrar. Não sabia. Reconhecendo o ser estranho que sonhava ser quando era esta que procura. Onde foi que a perdeu? Em que momento a abandonou? Sentiu uma névoa de distração encobrir-lhe os sonhos e os obteve sem notar. Chorava por não aceitar, grunia dentro de si uma reminiscência melancólica. Queria rasgar-se com estas unhas ferinas de agora, ela devia estar lá dentro, no mais recôndito de seu âmago. Já não saberia ser, se soubesse, não saberia. Não queria reconhecer este local estranho que habitava desde não se sabe quando. Quando os sonhos são apenas quando...