Limeira, 26 de junho de 2013
Exma. Sra. Presidente Dilma
Rousseff
Sou
uma aluna do interior de São Paulo e tenho apenas onze anos, mas, como qualquer
cidadã brasileira, fui para a rua dia 20 de junho em uma manifestação que
ocorreu em minha cidade para baixar a tarifa de ônibus.
Não
acho correta a forma que a Sra. governa o Brasil, pelo fato de ser rico em
tantas coisas. Não estou escrevendo esta carta para ofendê-la ou criticá-la,
mas sim mostrar meu sentimento por um país melhor.
Como
disse no começo da carta, no dia 20 de junho, fui para o centro da cidade com
um grupo de amigos. Fiquei com medo no início, já que passavam na TV algumas
manifestações que acabaram em “guerra”. Mas aprendi que algumas televisões
brasileiras usam tudo aquilo que está acontecendo para fazer uma “lavagem
cerebral” para ajudar o próprio governo. Gritamos desde o começo: “Não à
violência” e, para nos protegermos da fumaça, levamos vinagre.
E
agora? O governo deve temer ao povo. Chega,o povo brasileiro cansou, cansamos
de sermos abduzidos por uma TV, cansamos de ver vocês, políticos, roubando
nosso dinheiro e indo direto para seus bolsos. Onde está a educação? Escolas
não recebem a verba, crianças não estão tendo a atenção que mereciam e
professores não estão recebendo o salário que deviam. A população está morrendo
em filas de hospitais, por falta de médicos e por falta de saneamento. Estamos
cansados de pagar o transporte público todo dia e sabendo que, no próximo mês,
ficará mais caro. Cansados e insatisfeitos por não termos a resposta para tudo
isso. Não queremos apenas respostas, queremos ver a diferença.
Brasil,
um lugar em que somos chamados de mal educados pelo fato de estarmos na rua
reclamando por nossos direitos, onde jogadores de futebol falam: “Sem estádio,
não fazemos copa” e eles recebem mais respeito que a população, onde pessoas
são chamadas de mal educadas por vaiarem a presidente, isso quer dizer que a
Sra. não investiu na nossa educação.
O
que falar para a Sra., Dilma? Apenas que “O gigante acordou”, aqui é o Brasil,
tire o sorriso do rosto, pois a casa caiu, a Sra. já viu. Então, atenção,
desculpe em atrapalhá-la, isso é apenas uma revolução.
Agradeço
pela atenção e me desculpe se atrapalhei alguma coisa, apenas estou terminando
o que tinha começado.
A.J.S.
– 11 anos
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